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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


De onde vem este sopro de liberdade, que faz esvoaçar os meus cabelos e que beija o meu corpo? Que me sussurra ao ouvido e faz com que perca a noção do certo e do errado, que por instantes abre os meus braços, e eu, deixo-me levar.  De onde vem este mar agitado que flui dentro de mim…e que me faz vibrar ao sabor do luar.
 Trago em mim o amparo, o  encantamento das paixões e o feitiço dos sonhos...que também sonho. Nesta permanente transição entre a luz e a obscuridade, quero acordar em ti, num abraço apertado e sentir-me sol.


Parecia um "até logo". Ainda sabe a isso.
Aquele adeus não parecia real. Levei dias a assimilar a profundidade e consistência daquela despedida. Ainda me soa como um "até logo".
Quando as coisas são vividas de modo intenso, deixam-nos num estado de deslumbramento que ofusca a realidade e distorce as coisas. E parece que o mundo é mesmo como o estamos a ver naquele momento, seja ele bom ou mau.
Doeu, quando acordei.
Esqueci-me de que eras um pássaro. Não me lembrei de que tinhas asas e que elas servem para voar. Não me mentalizei logo de que em breve terias de as abrir. Ou melhor, sabia, mas queria manter-te na minha gaiola. Queria que abrisses as tuas asas para me cobrir e não para voar para longe.
Claro, eu já devia estar habituada.
Mas não estava preparada para isto. Foi muito repentino.
Foi bom.
És um pássaro e eu agradeço-te por teres vindo cantar no meu parapeito cinzento e sem sol.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Renasce em ti...em cada amanhecer.

Instantes


Há dias em que me sinto vazia e triste, hoje é um desses dias, em que o meu coração é detentor do meu pensamento, em que a razão parece meramente adormecida, negando-se a responder... confesso, o que vivemos é um tesouro que nunca se varre da mente, é o que não construímos que magoa e mata! É preciso dar espaço e tempo, saber perder e ganhar… Na minha alma tenho o peso da saudade, de uma lembrança, de uma lágrima que não chorei. O peso de uma ausência! Há um doce brilho no silêncio do teu olhar, num simples instante sinto-me renascer em ti, é imprescindível ser, como se já não fôssemos, vigiados pelos próprios olhos implacáveis connosco… pois o resto não nos pertence.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido.
Eu não: quero uma verdade inventada.

sábado, 11 de fevereiro de 2012


A sustentabilidade é uma maneira inteligente de ver e agir no mundo e relaciona-se com a capacidade do ser humano preservar os recursos naturais sem comprometer as gerações futuras. Pode-se dizer que o mundo é visto conforme os óculos: a visão obtida cada vez que se usa os óculos da sustentabilidade revela que cada atitude de cada pessoa tem consequências positivas ou negativas na sociedade e no planeta do ponto de vista social, económico e ambiental.
Ao longo do tempo, o homem tem vindo a explorar a natureza para potencializar o crescimento económico. Acreditou-se que este modelo criaria bem-estar para todos já que, desta forma, se conseguiu grandes avanços na ciência, tecnologia e indústria. Por outro lado, a economia mundial vive a extrair da natureza, produzir, vender, consumir e deitar fora, acreditando que os recursos naturais existem em abundância.



Ficou bem visível ao longo dos tempos que o crescimento económico não é necessariamente acompanhado de crescimento social e equilíbrio ambiental. O modelo de consumo e de vida do ser humano deve ser racionalizado. Viver de forma sustentável é reinventar a nossa forma de agir perante o planeta e perante a sociedade. É importante reduzir, reciclar, reutilizar e, fundamentalmente, mudar mentalidades.

Até que ponto estará manchada a ciência por detrás do aquecimento global? É inequívoco que os poderes político e económico se sobrepõem a qualquer verdade científica que lhes seja inconveniente.

Seja o preço do combustível ou o destino dos ursos polares, é necessário (e separemos os factos da fantasia) esclarecer as coisas. A nossa interpretação muda, de acordo com a forma como nos “vendem” a imagem do mundo. Por vezes a nossa atenção é encantada para episódios relativamente comuns, com o objetivo de nos abstrair do que é relevante. O homem tem alguma influência na alteração climática, mas não a gigantesca pegada ambiental que nos fazem crer. O CO2 não controla o clima. O sol, as nuvens, os oceanos, os vulcões, glaciares e vapor de água são os factores determinantes para as alterações climáticas.
Será que o crescimento económico por si só é capaz de gerar qualidade de vida para todos nós em equilíbrio com a natureza?

Quem sou eu?


Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre, não me mostrem o que esperam de mim, porque eu vou seguir o meu coração. Não me façam ser quem eu não sou, não me convidem a ser igual porque sinceramente sou diferente, nem sei amar pela metade, não sei viver de mentira nem sei voar com os pés no chão…eu sou sempre a mesma….mas com certeza não serei a mesma para sempre!
Certamente que todos já pensamos um dia: “Quem sou eu?” Não é fácil dar uma resposta a esta questão…e se calhar é aquela que é mais ignorada. Porque saber quem realmente somos custa.
A minha vida é um livro, livro esse que ainda não tem um título, em certos capítulos com altos e baixos, algumas pedras, outros o sabor do vento e o aroma da caminhada adoçaram a viagem…algumas lágrimas e muitas gargalhadas.

Mais uma vez apercebi-me que a vida não é um corredor reto e tranquilo que se percorre livremente e sem entraves, mas um labirinto de passagens, pelas quais devemos encontrar o nosso rumo…por vezes ficamos perdidos e confusos, de vez em quando presos num beco sem saída. Porém de que valeriam as vitórias se não existissem fracassos…provavelmente nem existiam. Olho para trás e… sim! Voltava a fazer tudo outra vez, provavelmente com um ‘timming ‘ diferente. Não tenho o direito de escolher todos os acontecimentos , é difícil pensar que o mundo para o qual preparei a minha prole, possa não ser o que se aproxima, mas temos que aprender a  nos equilibrar nos extremos.
No final o que me move, não é suficiente forte para me derrubar, mas é intenso o suficiente para me fazer ir mais além.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


Perdi-te....uma vez mais ao acordar, aconcheguei-me no teu abraço para que o sonho não terminasse,  mas voltei a acordar sozinha. Ainda dói o frio que percorre o meu corpo, que faz gelar o meu peito...ou será a alma...aquela que ficou num vazio desde que povoas os meus sonhos.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A Ucrânia perdeu 1/4 da sua população no decorrer da 2ª Guerra Mundial. Neste programa de talentos da TV Ucraniana, a jovem de 24 anos Kseniya Simonova impressionou... quer pela técnica... quer pela carga emocional da mensagem...
A frase que escreve no final significa: "Vocês estão sempre junto de nós"...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O gigante adormecido

Acordei,  pensei que tinha sido atropelada por um elefante. Os músculos doridos, os olhos pesados. Mas a única coisa que me doía era o coração.
Povoaste os meus sonhos mais uma vez. Toda a noite. Acordei com o corpo dorido e a alma magoada. Mal disposta. Zangada. Desnorteada. Fizeste questão de te passear na mi...nha cabeça a noite toda. De respirar nos meus ouvidos. De tocar os meus lábios. De te mostrar bem real aos meus olhos. Não foram as promessas, nem as recordações. Não foram os sonhos ou as ambições. Foi o teu sorriso. O teu beijo. Isso doeu, sim!
Acordei a pensar que não passas de uma doença. De algo cujo tratamento é demorado, longo. Demasiado longo. Como se corresses no meu sangue. Como se estivesses lá, como um gigante adormecido. Toda a noite. Foi uma luta inglória. Acordei dorida, pesada, sofrida, magoada. Foi muito mau de tão bom que foi. Mas não fiquei feliz por te ver. Nem por te sentir. Não sorri com as memórias, não recordei as histórias.
 Acordei revoltada, amargurada. Não quero. Não te quero. Nem nos meus sonhos. Mas estavas lá. A sorrir e a prometer.Mas tinhas outros sonhos. Outra vida. E eu sentida, iludida. Quero acreditar que só mexes assim comigo nos sonhos porque está tudo lá. O passado. Que é apenas um reviver das emoções passadas. Que é uma água que não volta ao meu moinho.
Não te quero nos meus sonhos, na minha alma! Não quero acordar assim. Fora de mim. Magoada. Afinal foi só um sonho, mais nada. Mas foi o suficiente para me roubares o sorriso e me estragares o dia! Sufocas-me! Cegas-me! Magoas-me! Mesmo que só em sonhos.
Compartilhamos segredos, dores, risos...
Antes uma menina, hoje uma mulher. Os sonhos não são mais os mesmos, muitos dos desejos foram realizados, passos maiores estão por vir. Sinto-me insegura, porém... Por muito tempo acostumei-me a andar ao teu lado, ter tua mão pra segurar, teus braços pra envolver-me e muitas vezes chorar....
Dei por mim com um rol de questões na mente...
Se é a morte a única coisa certa e previsível desde o início da nossa existência... porque é a mais mais difícil de aceitar?
Desde a concepção, não se sabe nada do que será a nossa vida, não se pode planear nada com absoluta certeza.
 A única certeza que temos é que um dia, só não se sabe quando, havemos de morrer.
Então porque é que não nos conformamos? Porque é que esta dor é tão forte que supera todas as que temos ao longo da vida?
Os humanos - ou melhor, os seres pensantes e emotivos - são ainda mais complexos do parecem.
Somos tão frágeis perante as fatalidades...
Somos tão frágeis perante a morte...