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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O gigante adormecido

Acordei,  pensei que tinha sido atropelada por um elefante. Os músculos doridos, os olhos pesados. Mas a única coisa que me doía era o coração.
Povoaste os meus sonhos mais uma vez. Toda a noite. Acordei com o corpo dorido e a alma magoada. Mal disposta. Zangada. Desnorteada. Fizeste questão de te passear na mi...nha cabeça a noite toda. De respirar nos meus ouvidos. De tocar os meus lábios. De te mostrar bem real aos meus olhos. Não foram as promessas, nem as recordações. Não foram os sonhos ou as ambições. Foi o teu sorriso. O teu beijo. Isso doeu, sim!
Acordei a pensar que não passas de uma doença. De algo cujo tratamento é demorado, longo. Demasiado longo. Como se corresses no meu sangue. Como se estivesses lá, como um gigante adormecido. Toda a noite. Foi uma luta inglória. Acordei dorida, pesada, sofrida, magoada. Foi muito mau de tão bom que foi. Mas não fiquei feliz por te ver. Nem por te sentir. Não sorri com as memórias, não recordei as histórias.
 Acordei revoltada, amargurada. Não quero. Não te quero. Nem nos meus sonhos. Mas estavas lá. A sorrir e a prometer.Mas tinhas outros sonhos. Outra vida. E eu sentida, iludida. Quero acreditar que só mexes assim comigo nos sonhos porque está tudo lá. O passado. Que é apenas um reviver das emoções passadas. Que é uma água que não volta ao meu moinho.
Não te quero nos meus sonhos, na minha alma! Não quero acordar assim. Fora de mim. Magoada. Afinal foi só um sonho, mais nada. Mas foi o suficiente para me roubares o sorriso e me estragares o dia! Sufocas-me! Cegas-me! Magoas-me! Mesmo que só em sonhos.

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