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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Parecia um "até logo". Ainda sabe a isso.
Aquele adeus não parecia real. Levei dias a assimilar a profundidade e consistência daquela despedida. Ainda me soa como um "até logo".
Quando as coisas são vividas de modo intenso, deixam-nos num estado de deslumbramento que ofusca a realidade e distorce as coisas. E parece que o mundo é mesmo como o estamos a ver naquele momento, seja ele bom ou mau.
Doeu, quando acordei.
Esqueci-me de que eras um pássaro. Não me lembrei de que tinhas asas e que elas servem para voar. Não me mentalizei logo de que em breve terias de as abrir. Ou melhor, sabia, mas queria manter-te na minha gaiola. Queria que abrisses as tuas asas para me cobrir e não para voar para longe.
Claro, eu já devia estar habituada.
Mas não estava preparada para isto. Foi muito repentino.
Foi bom.
És um pássaro e eu agradeço-te por teres vindo cantar no meu parapeito cinzento e sem sol.

3 comentários:

  1. Sandra, mal possas entra em contacto comigo. Não tenho meio de poder contactar-te. :( Obrigada.

    Ricardo Vilela

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Estaria a mentir se dissesse que não espero todas as noites por uma mensagem tua.

    Estaria a mentir se dissesse que não espero todos os dias por uma chamada tua. A qualquer hora do dia, a qualquer hora da noite.

    Estaria a mentir se dissesse que nunca acordei a meio da noite a pensar em ti.

    Estaria a mentir se dissesse que nunca pedi por tudo para que estivesses aqui na hora de adormecer.

    Estaria a mentir se dissesse que já não penso em ti a toda a hora, como se tivesse acabado de te conhecer.

    Estaria a mentir se dissesse que já não me importo quando alguém se aproxima de ti.

    Tenho saudades tuas e não nego.

    Não te nego, não nego isso a ninguém.

    Morro de saudades tuas, mais e mais a cada dia que passa. A cada dia que te recordo e não te posso tornar uma coisa presente, a não ser com memórias de coisas que já vivemos.

    Não nego, morro de saudades tuas a toda a hora. Tudo me faz lembrar de ti, tudo me leva para ti. Tudo me liga a nós.

    Não nego, nunca imaginei que fosse possível alguém conseguir um efeito tão grande como aquele que tu tens em mim.

    Não nego, não vivo sem ti nem me imagino a viver. Não quero que sigas a tua vida sem mim porque não sei se seria capaz de seguir a minha sem ti.

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